During the 24 years of the Indonesian occupation of East Timor, to talk about its cultural individuality as a product of its history - focusing on what set it apart from Indonesia - was an act likely to raise suspicions of some kind of manipulation of history for political purposes. Naturally, the same suspicions could fall on anyone assuming an opposite view, that is a view that valued the connection uniting the two peoples and discarded what separated them. In this (...) paper, we adhere more to the first perspective. Obviously, we are not driven by the desire to prove that East Timor had to be, a priori, independent; this is by no means the task of a historian. We are simply trying to explain, a posteriori, why, in the referendum of 30 August 1999, the people of East Timor voted overwhelmingly for independence. (shrink)

Os sistemas de cômputo do tempo na Índia são extremamente complexos, devido a dois factores: em primeiro lugar a coexistência não só de diversas teorias e tabelas astronómicas mas também de diferentes calendários, que em parte resulta de a Índia raramente ao longo da sua história ter constituído uma unidade política; em segundo lugar uma grande preocupação, quiçá de origem mágica, com a objectividade astronómica dos dados utilizados no cômputo do tempo. Do primeiro factor indicado resultam, por exemplo, a coexistência (...) de calendários solares, predominantes em certas regiões, com calendários luni-solares nas restantes, a contagem dos meses a partir da lua-nova ou da lua-cheia, consoante as zonas, etc. Do segundo resultam por exemplo: a adopção de estranhas unidades de tempo, como o tithi (que se pode definir como a trigésima parte de uma lunação, ou, em outros termos, o tempo que, após uma conjunção com o Sol ou seja uma lua-nova, a Lua demora a afastar-se deste 12° sobre o zodíaco); a entrada em conta da precessão dos equinócios para efeitos de determinação do início dos signos do zodíaco; etc. O presente artigo procura resumir e explicar essa diversidade de uma perspectiva histórica, pondo-a em relação com a evolução da astronomia indiana. (shrink)

This article sets out to explore the socio-linguistic situation of Goa, a small territory corresponding to the former district of Goa of the Portuguese Estado da Índia, occupied and annexed by India in 1961. Goa had to choose between local language, Konkani, and the language of the neighbouring state of Maharashtra, i. e., Marathi, which was traditionally used as a cultural language by the Hindus of Goa, who nowadays form the large majority of the population. Even if virtually every Goan (...) is able to speak Konkani, this was, according to recent statistics, the mother tongue of only 61 % of the population of the state, the rest being forms by people from other parts of India, who migrated here. This phenomenon explains the feeble proportion of Konkani speakers in the total population of the state, which favours the resort to English as a means of communication and explains why Konkani only keeps an elevated status in churches, where it is currently used for praying and preaching. Drawing upon historical facts, but also on socio-linguistic consideration, we will try to explain this paradox. (shrink)